VARAL DO BRASIL
LITERÁRIO, SEM FRESCURAS
Genebra, verão/outono de 2011
Pecar, de acordo com o dicionário, é transgredir regras, cometer falta, ser censurável. Pecar seria então fazer qualquer coisa que a sociedade, a fé, a cultura, ache condenável.
Visto deste ângulo, os pecados variariam muito tanto quanto variam as fés, as sociedades e culturas. Ou quase tudo seria pecado, ou quase tudo seria permitido.
E as consequências para o pecado? Cadeia, inferno, banimento, danação.
Perdão? Isto é coisa para poucos, muito poucos.
E foi pensando em pecado e não exatamente em pecar, que o VARAL resolveu trazer como tema os Pecados Capitais (os sete). Mas como poeta é poeta, escritor é escritor, estamos falando aqui é sobretudo de imaginação. E na imaginação de quem escreve os pecados são algumas vezes bem mais do que sete capitais e noutras vezes simplesmente nem existem.
No mundo da literatura pecar é quase natural.
Fomos gulosos e nos envolvemos com toda fome possível nas letras e temas propostos pelos autores.
Fomos avaros e tomamos para nós seus textos e aqui os trancafiamos para liberar para você apenas, leitor!
Fomos preguiçosos, deixamos os pecados acontecerem sem nada fazer além de olhar...
Ficamos completamente irados ao perceber que tanto talento muitas vezes se deixa desperdiçar!
Ficamos orgulhosos de poder ter neste número gente que ousou, pulou da linha, saltou do trem, mostrou as garras, agarrou com os dentes e deixou rolar os pecados dentro e fora de si.
Fomos luxuriosos e nos permitimos a liberdade de deixar fluir as letras e delas cair o mel e deste mel nos lambuzamos.
Mas não tivemos inveja. Esta nós deixamos para os que vão ler e pensar: por que não eu?
Nós pecamos sim, deixamos os sete pecados e outros mais tingir as páginas do VARAL. Agora buscamos o seu perdão.
Leia, se entregue, entre no jogo do pecado conosco.
De toda maneira, temos certeza que Erato, Calliope e outras musas já nos perdoaram!
Boa leitura!
Sua equipe do VARAL!
Jacqueline Aisenman
Cobiça
Por Merari Tavares
Como pode neste mundo existir tanta cobiça?
Isto ocorre principalmente no relacionamento:
Casais estão felizes, amando-se pelas praças,
Mas ao redor, sempre há pessoas cobiçando.
Isto ocorre principalmente no relacionamento:
Casais estão felizes, amando-se pelas praças,
Mas ao redor, sempre há pessoas cobiçando.
Pessoas que almejam obter aquilo que não é teu,
Ter consigo algo que não lhe pertence,
E com isso, junto à cobiça,
A inveja também nasce.
O mundo está repleto de pessoas
Que sonham alto
Sim, não vejo pecado nisso, em sonhar
Faz bem, mas é preciso lutar!
Há pessoas que sonham com aquele homem
Ou àquela mulher...
Mas nem sempre isso é lícito,
Pois a pessoa desejada já possui um compromisso.
Mundo...Mundo...Mundo...
Mas as pessoas não aprendem,
Muitas vezes não respeitam
Querem para si e vão em frente.
Nesse intermédio surgem as grandes desgraças:
Pessoas se separam, o outro sofre depressão,
A outra deseja a morte,
Enfim, desavença, intrigas e destruição.
Meu Deus! Que mundo estamos?
Mundo este ao qual a mulher do próximo
É desejada, é cobiçada, é disputada
Fica entre espada de dois gumes?!
Namoros destruídos, casamentos arruinados,
Pais separados, casais felizes, infelizes...
Enfim, separa de um, fica com outro
Cai na real e percebe-se ainda sorumbático.
O que fazer para exterminar a cobiça?
Infelizmente o ser humano é falho,
Toma decisões erradas e precipitadas
Muita das vezes, mas cobiça.
Às vezes é necessário uma lição,
Pois a vida ensina,
São com os erros que aprendemos
E deles tiramos ensinamentos!
Lindo o seu poema amiga! Amei! Parabéns pelo poema e pelo blog, que é um cantinho delicioso. Bjs.
ResponderExcluirObrigada Maria!!!
ResponderExcluirGrata pela visita.
Serás sempre bem-vinda.
Obrigada pelo carinho.
Bjs